quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Poesia sem título Nº2

Há partes que em segundos se partem
Há dias que se partem em minutos
Há gente que deixam partes sem partir
Há tolos que desistem da partida
Mas quando vi tua parte ao partir
virei uma parte clara e escura do teu quarto
Deitado no canto da tua partitura
vi algumas partes do teu vazio, o meu espaço
No vácuo vi estrelas indo e vindo, partir
tentando explodir a cada passo
E quanto mais eu tento medir tua alma no compasso
mais eu deixo a minha parte ir
Quanto partes terão esta tarde?
Quantas noites farão parte do meu fardo?
Qual é o tamanho da tua vaidade?
Quando foi que virei uma parte escura do teu quarto?
Sabe-se lá qual é o partido do teu ser
ou em quantas partes vi o alvorecer
A melhor parte é ver, sempre ver
do que tentaste fugir, mas não viu partir
Parte de mim é uma parte escura do teu quarto
tão claro o que é estar ao teu lado  

L dos Santos